domingo, 14 de outubro de 2012

Vida Cinza




Estou de novo aqui, por nada e tentando me esconder,
Fugindo de mim.
Um obstáculo no caminho que me traz um falso amanhecer
E o medo parece me vencer.

Deixo de sonhar esperando o que não vem.
Deixo de viver relembrando o que já passou.
Não entendo como aconteceu.
Você se foi.

E agora eu escrevo
Nas paredes do meu coração
Com lágrimas de sangue.
Dormir nas noites frias
É somente o que me resta.

Uma procura incerta e em vão
E entendo que não é fácil compreender.
Assim acordo e o vejo a luz do sol,
Seus raios me contam que você não estava aqui.

Deixo de viver, espero o que não volta.
Deixo de sonhar, penso no que se foi.

Já digo coisas sem pensar
Sem mesmo saber o que falo.
Eu finjo estar consciente
Pra saber se ainda vou mentir pra mim
Ou se você ainda vai sorrir.
E agora?

Agora penso, escrevo e falo tudo que nunca quis falar,
Vivo uma liberdade que me impede de me expressar.
E quando terminar essa viagem de minha vida cinza,
Vou dormir em paz!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Um Destino ao Acaso



Desde muito tempo o pensamento se perde
E logo se liga em um submundo feliz.
Acontecimentos surpreendentes,
Tantos tempos de palavras trocadas,
Lágrimas roladas,
Doces felicidades compartilhadas...

Passarinho voa longe e a vida pede uma decisão.
Ousadia que guia as escolhas
E o acerto que cria sonhos...
Sonhos que já fazem parte da realidade.

Ah...
A suavidade tentando se esconder
No vermelho envergonhado da face do anjo...
Uma flor em pausas se mostra vestida de branco,
Mostra-se em todas suas parábolas, o rico valor da vida.

Ah...
Metade da fortaleza de devaneios é saudade
E a outra é o olhar para o futuro.
Saudade das risadas despreocupadas,
Da grande e ingênua intimidade.

Mas anoitece...
Nesse processo a lua traz mais uma porção da saudade...
A noite parece uma perfeita sinfonia de tristezas.
A tirana distancia percorre elos
E gotas de angústia recebe o amanhecer.

O cuidado virou mais que um desejo,
Virou uma necessidade de meu coração.

O retrovisor reflete o que ficou pra trás
Na estrada de quem se foi.
E a brisa leve no rosto
Renovou a vontade de vencer,
Devolveu a infinita paz.