Foram tantas mentiras,
tantas ilusões.
Prisões de alma,
Carinhos traiçoeiros.
Enfim, chegou o momento de acordar,
ver o que os olhos teimavam em não
enxergar.
Sentir o cheiro da libertação do
mal...
E ver o amanhecer,
para que ele traga um pouco mais de
luz.
Chorar às vezes é inevitável
quando o coração se despedaça,
quando ele vira migalhas de seus
próprios anseios
e se torna uma sombra de si mesmo.
Descobrir absurdos, falsidades,
Tomar uma apunhalada pelas costas.
Ver o que se considerava uma dádiva,
se transformar no pior pesadelo,
no que há de mais nojento no mundo.
E ter vergonha, sentir asco de si
mesmo.
Mas sempre há um brilho de sol depois
da tempestade,
Há sempre um canto de um pássaro,
Há sempre uma fase de reconstrução,
e o coração sempre se recupera.
Depois de tudo isso,
o melhor a fazer é agradecer.
Agradecer por acordar antes que tudo
piorasse.
Reconstruir uma imagem que ficou
manchada e abalada
e tentar se perdoar por marcas deixadas
por uma atitude impensada.
Agora é a hora de alcançar a
plenitude,
se tornar um ser melhor, sem mistérios.
Vencer o medo em busca da liberdade
e derrubar muros para a felicidade.
Olhando para trás, vê-se que são os
defeitos que diferem as pessoas, que as tornam especiais, que as
tornam únicas.
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